sexta-feira, 29 de julho de 2011


Não sei se é por ser 6ª Feira, mas o dia hoje não passsa! Estou cheia de trabalho e mesmo assim, dou por mim a espreitar as horas de 5 em 5 minutos e o relógio teima em apenas andar de 5 em 5 minutos.

Grrr!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Desta vez não tenho saudades de uma pessoa, nem de um momento especial, mas sim tenho saudades de algo que fazia muito.

Eu bem sei que nem todos tiveram este tipo de experiência, mas eu vivi grande parte da minha infância, adolescência e juventude, num país diferente do meu pai e numa altura em que o e-mail, telemóveis e muito menos SMS (como eu odeio estas 3 letras), não existiam.

Recordo-me que para falar pessoalmente com o meu pai em Angola, era preciso marcar com antecedência uma chamada que mais tarde era retornada com hora marcada. Resumindo, a comunicação era lenta, dispendiosa e levava o seu tempo. Tal como as cartas que eu acabava por escrever ao meu pai.

A carta surgia como o meio de comunicação mais fácil e completo de falar com ele, de lhe contar as novidades e de lhe pedir favores. Sempre tive maior facilidade em expressar-me por escrito do que por telefone. Não que tenha dificuldades na expressão oral, não confundam, porque não tenho, mas odeio falar com uma pessoa quando não estou a ver os seus gestos, o seu olhar, a sua expressão física. Compreendo que me digam que nas cartas também não, mas as cartas têm algo que o telefone não tem, a impressão escrita.

Cada pessoa tem uma forma própria de se expressar, a sua letra altera quando está doente, triste, ou quer esconder alguma coisa. As palavras que utiliza são diferentes, o contexto e as figuras de estilo também são diferentes de estado para estado de espírito. E é disso que eu tenho saudades. Tenho saudades de ver a letra do meu pai e de tentar descobrir, como se de um quebra-cabeças se tratasse, o que estava por trás de cada uma daquelas palavras que ele imprimia com o seu próprio punho nas folhas cuidadosamente escolhidas para me enviar via aérea.

Sim, porque para além da letra e de tudo o mais que já foi enumerado em cima, ainda havia a linguagem dos detalhes. A folha escolhida para a carta, a caneta e a cor da tinta, o envelope, se vinha ou não perfumada, ou brindada com uma flor seca, ou outro presente que ele me quisesse dar.

Tenho saudades dos rascunhos que escrevia para lhe responder, num exercício que tinha como objectivo, tentar não me esquecer de nada que fosse importante, e era sempre tanta coisa, que por vezes as cartas tinham mais de 4 folhas A4 escritas de frente e de costas.

Pronto, tenho saudades e hoje deu-me para isto… Tenho saudades também de ti, pai!

Que Deus te guarde.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que fazer quando um pensamento se instala na nossa mente e, independentemente, de todas as técnicas de concentração utilizadas, o pensamento teima em recorrer, uma e outra vez e mais uma vez em cada 5 segundos?!

E se esse pensamento for a visualização gráfica de um desejo absurdo, irracional e impróprio para o local de trabalho?

Só vos digo que é muito complicado gerir os movimentos, as acções e palavras, tornando todo o processo muito cansativo.

Desde que recomecei a trabalhar, este foi o dia que mais me cansou. Estou exausta!

Xô pensamento, xô!

Volta apenas quando eu estiver em condições de te materializar... já falta pouco.

Xô, por favor, xô!

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Hoje apanhei mais uma...bendito programa da manhã!

A partir do acordo ortográfico a palavra RECTIFICAR, ficou obrigatoriamente, uma palavra acentuada numa única sílaba, pois o correcto é agora escrever RETIFICAR.

Agora venham-me dizer que se lê da mesma forma!

RÉ - TI - FI - CAR (forma correcta de pronunciar a palavra RECTIFICAR, apesar de eu por defeito semi-pronunciar o C, supostamente mudo), é muito diferente de RE - TI - FI - CAR (aonde se abre a vogal da sílaba CAR, fechando obrigatoriamente a sílaba RE).

Agora tenho que ir RECTIFICAR todos os RETIFICADOS que fiz até hoje, para além de ainda começar a mentalizar-me que o EGIPTO, com o andar da carruagem vai ser REBAPTIZADO (desculpem o P mudo, mas sem ele eu pronuncio a palavra de forma diferente da CORRECTA) de EGITO e quem sabe a partir de HOJE, não passo a escrever OJE e HENRIQUE E HELIO, passam a ENRIQUE e ÉLIO.

Mas claro, tudo porque as coisas devem ser simplificadas e convenhamos, desta forma, sendo muito importante nos tempos que correm, poupa-se tinta, tempo e papel.

Enfim!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eu até nasci em climas tropicais, mas quis o acaso do destino que eu nascesse do lado direito do Oceano Atlântico.

Porque vos contei eu isto?!

Bem... Hoje de manhã, enquanto fazia a minha leitura matinal dos jornais, estava a dar na televisão uma rubrica que se chama "Em bom português!", ou algo que o valha. E lá perguntava a repórter, toda contente da vida a fazer o trabalho para o qual é paga, aos incautos que passavam pelas ruas, como é que, segundo o novo acordo ortográfico, se escreve correctamente:

Incorrecto, ou Incorreto

É claro que depois do crime que foi o acordo ortográfico, o correcto é; incorreto.

Mas aqui é que está o problema e o porquê da minha introdução deste texto: eu não sou brasileira e não tenho por isso aquela pronuncia macia de vogais abertas. Eu não abro as vogais por natureza e a verdade, é que se incorrecto se escrever incorreto, para mim não se lê correctamente, porque sem um acento e sem a consoante muda para abrir a vogal, eu irei, incorrectamente, pronunciar a palavra Incorrêto.

É um crime, correcto?!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

 

 

Pois é! Desta vez apanhei um susto grande, não tanto pelo facto de ter estado doente, pois já estive doente muitas vezes, mas nunca estive doente assim.

Assim como?! -  Devem estar vocês a perguntar.

Doente sem me poder mexer de forma alguma.

Não era o facto de ter de ficar deitada, na caminha, cházinhos quentes e 3 dias depois estar boa, era não me mexer, ao ponto do respirar doer até trazer lágrimas aos olhos. Deitar?! Só numa única posição, entupida de analgésicos de todos os tipos, antibiótico e para completar um anti-inflamatório.

A única posição minimamente confortável, era deitada de barriga para o céu, no chão, ou sentada direita no sofá e mesmo assim, respirar doía. Percebem o que quero dizer?!

Claro que não percebem, se eu não o tivesse vivido, também não ia perceber.

Mas o que raios tive eu?! Pois bem! Começou com uma pequena dor nas costas que ignorei. Pensei comigo mesmo que teria dormido torta e que tinha que passar a estar mais direita no sofá, mas depois dessa pequena dor, respirar fundo começou a doer. Como eu não sou de ficar quieta, ainda ajudei a transportar o móvel da sala que finalmente veio para cá para casa, 3 andares porque os elevadores não funcionam (outra coisa que tenho de contar),  e toca de fazer a limpeza geral do lar, porque eu odeio desarrumação.

Nessa noite, o respirar já era quase insuportável, dormir nem ver, e vai de passar uma pomadinha nas costas para ver se aquilo passava.

Foi um jeito!

Dizia eu a quem me via contorcer de dores. Mas foi um jeito que num belo Sábado há 15 dias atrás, na festa de aniversário da Evinha (a minha nova sobrinha - sobrinha do meu maridão), eu mal consegui comer, quanto mais conhecer o resto das pessoas e onde sorrir era um esforço hercúleo.

Quando quase todos se tinham ido embora e depois de ajudar a cunhada do Filipe, (o meu mais que tudo....tenho tanto para contar!) que estava na altura na eminência de ter a minha afilhada a qualquer momento, a arrumar a cozinha, as lágrimas vieram-me aos olhos e pedi ao Fi que me levasse ao hospital que não aguentava mais.

No Hospital drogaram-me com mil coisas para me tirar as dores e foi aí que recebi como receita, descanso absoluto, um anti-inflamatório, três analgésicos que me obrigavam a estar a tomar medicamentos de 2 em duas horas e saquinho de água quente na ruptura dos músculos intra-costais, que fiz sem saber como!

Mas isso foi Sol de pouca dura. Mais uma noite sem dormir. Descanso no Domingo e na Segunda-Feira toca de ir trabalhar. E quem conseguia trabalhar? Olhar para o pc doía, respirar doía, falar doía, tudo doía. Ao ver a minha cara  e ao aperceber-se do meu esforço, a minha colega aconselhou-me:

Se vires que continuas assim depois do almoço não voltes!

E não voltei. Almocei com o marido, mas a caminho do emprego, mal conseguia segurar no volante. Toca a dar meia volta e vai para casa, deitar no chão a olhar para o tecto, porque virar não conseguia, respirar doía.

Nessa madrugada, acabei por gritar pois não conseguia mais engolir os gritos de dor que se dissipavam pelo corpo. O Fi ajuda-me a vestir, a calçar a pentear a lavar os dentes e vai comigo para o Hospital. No Hospital dizem-me que ouviram no meio da auscultação da minha respiração (acto que fazia de forma cada vez mais espaçada, pois doía), algo que não gostaram, por isso toca a drogar-me de novo para DIMINUIR as dores, chamam ambulância e vou de toque para o Hospital da Feira para poder fazer um Raio-X, que àquela hora, não se pode fazer no Hospital de S. João da Madeira.

No Raio-X, lá mostra uma inflamação nos brônquios, já bastante alastrada, para além da inflamação dos músculos que anda hoje não faço ideia de como a fiz.

Conclusão Mais de uma semana em casa, sem dormir, sem me mexer e quase não ficava boa, para ir ao baptizado do meu sobrinho lindo no Domingo dia 10.

Hoje ainda não estou perfeita e respirar fundo ainda dói como tudo, mas pelo menos já estou a trabalhar, fui ao baptizado, a minha sobrinha mais novinha e afilhada já nasceu e é linda e já consigo respirar sem chorar.

Continuo a questionar-me é como é que raios eu fiquei doente assim?!

quarta-feira, 6 de julho de 2011


Não foi há muito tempo que eu escrevi aqui algo sobre o Pseudo-Nacionalismo Português e o Oposto, que são os que acham que em política o Nacionalismo é um perigo e podem relembrar-se disso aqui

As pessoas disseram que eu era louca e que reduzia tudo a uma caixinha embrulhada perfeitamente ao estilo Marta Stewart, com etiqueta e cartão de visita incluído.

Mas heis que começa o verão e começam os anuncios das cervejas todas e heis que voltam os simbolos nacionalistas do nosso grande país, associados, àquilo que vocês sabem que eu sei e que eu sei que vocês sabem.



Agora digam lá que é má vontade minha?!

Viva os comícios Americanos, com hinos cantados no início, meio fim e sempre que alguém espirra, bandeiras penduradas nos jardins, apenas porque têm orgulho nela e por favor, parem e criticar o uso do nacionalismo.

O que é nosso é bom  e deve ser usado, sempre que a ocasião merece, seja ela qual for.
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