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sábado, 30 de maio de 2009

52 e a decrescer. A contagem diminui minuto a minuto e no entanto parecem minutos do tamanho de horas. Uma ilusão fruto da impaciência, do aborrecimento.

49 e as conversas passam ao lado. Os meus colegas de trabalho, comentam as novelas do dia anterior e os vestidos dos Globos de Ouro, não têm nada a ver comigo e não têm a menor ideia do que é que eu gosto, apenas me acham estranha, elitista, armada em intelectual. Não percebem porque é que eu leio de tudo, porque é que gosto de cinema, porque é que eu vou ao teatro, porque é que eu sei um pouco de tudo e quando não sei, chego no dia seguinte com a explicação. Acham estranhos os livros que leio, pedem-nos emprestados e devolvem-nos, dizendo que não passaram da décima página e eu, eu que os li num fôlego, sinto-me uma alienígena.

39 e nada de interessante se passou, nada de interessante foi dito, nada de interessante foi feito. Quando explico que preciso de outro emprego, todos acham que devo dar graças a Deus por já ter um e eu concordo, concordo com aquela mágoa dentro do peito que me leva a repensar os meus passos, a revalidar os meus gostos, as minhas prioridades.

25 e alguns colegas começam  sair. Que saiam, que nada me dizem. Digo “Até amanhã!”, como se dissesse: “Não se esqueçam do Pão!”, ou outra coisa qualquer.  Amanhã voltarão com as suas vidas iguais, padronizadas, horizontes limitados e eu penso, mais uma vez, em como os meus sonhos, os meus horizontes alargados, são uma prisão, um martírio.

18 e a ansiedade de sair dali, de poder ler, escrever, exercitar o raciocínio, dar trabalho às células cinzentas, acordá-las da letargia que o meu emprego representa, torna-se insuportável.

5 minutos para sair e começo a preparar as coisas. Bem podia começar a prepará-las assim que entro, porque as horas que passo naquele escritório, equivalem a uma morte prematura… pelo menos a uma morte cerebral.

sábado, 29 de março de 2008

Há quanto tempo não ouvem esta expressão? Petrodolar? Algumas expressões caem em desuso, mas não deixam de fazer sentido por isso. Petrodolar significa que o negócio do petróleo está tão intrisecamente ligado aos EUA, à sua economia e à sua moeda, que não existe outra forma de negociar o crude sem ser com notas verdes dos filmes de Hollywood, e ainda hoje é assim. O barril de crude é negociado em dólares e esse valor continua a subir de dia para dia. Esta é a verdade 1.

Agora a verdade 2: Para todos os países, incluindo nós europeus (leia-se portugueses), o preço do petróleo é importante; aumentando o seu preço, quase tudo o resto aumenta.

Facto 1: Em 2000, 1 dólar valia pouco mais de um euro. Mas ao longo de oito anos, o velhinho e gigante dólar é mais pequeno que o forte e vigoroso adolescente euro. 1 euro vale cerca de 1,5 dólares.
Verdade 3: Quando ouvimos falar que o barril de crude hoje custa 102 dólares, podemos ser levados a pensar (sim, o governo assim quer) que para nós europeus (leia-se portugueses) também custa mais, ou menos, 102 euros, mas não é verdade. Um barril de crude a 102 dólares custa-nos a nós...tcharan...mais, ou menos, 66 euros.
Facto 2: Não quero ser linear, até porque Einstein baralhou isto tudo com a teoria da relatividade, mas quase que aposto, com "relativa certeza", que esta verdade 3 é uma verdade que muita gente quer apelidar de mentira (como eu gosto de uma verdade falaciosa), mas não é. O petróleo custa-nos hoje, a nós europeus (leia-se portugueses), aproximadamente o mesmo que nos custava em 2000; contudo ouvimos os nossos políticos afirmar diariamente que com o aumento do preço do petróleo aumenta inflação e, consequentemente, o nosso custo de vida.
Longe de mim chamar mentiroso a alguém, mas quando alguém diz uma "inverdade" , não estará a mentir?
Agora imaginem a política como uma corrida no fim da qual existe um prémio para quem mais "inverdades" disser sem parecer mentiroso. Quem acham que ganharia?

Dica: Alguém que nunca falha aos treinos

Nota: taxas e valores aproximados ao dia da mensagem

Nota2: É quase um título de Blog intelectual, hein?!

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