"Se um desconhecido lhe oferecer flores isto é Impulse!"
Esta era uma frase de um anúncio que durante muito tempo andou de boca em boca e eu quase teria esquecido se ontem, um desconhecido não me tivesse oferecido uma flor.
A situação foi tão constrangedora e à frente de colegas de trabalho, que pensei que mais valia estar a ser presa pela polícia naquela altura, pois pelo menos teria como justificar o acontecimento. Mas agora, estar sentada à mesa de um restaurante e um perfeito estranho vir oferecer uma flor, foi surreal. Tão surreal que ele continua tão estranho quanto era ontem, pois nem sequer aceitei a flor, ou o cartão, nem sequer o quis ouvir, simplesmente, porque estúpida e destreinada, já não estou habituada a ser cortejada, a atitudes espontâneas, a pequenos devaneios do destino.
E o que mais irrita é que fui eu que não soube como lidar com a situação, logo eu que escrevo e falo sobre o assunto com tanta facilidade, com tanta, arrisco a dizer, imprudência, leviandade.
Devia ter aceite, devia ter trocado uma palavra simpática com ele, poderia criar uma esperança, ou simplesmente dado um sorriso, mas não, retraí-me, escondi a cara, disse que não podia falar naquele momento e sei lá mais o quê que me saiu da boca para fora.
Depois queixamos-nos, que os homens não são cavalheiros, que os homens não são românticos, que os homens isto e que os homens aquilo, mas quando são, arriscam-se como aquele pobre coitado, a serem tratados como loucos, pedintes, como se tivessem peste.
Como me recrimino!
Se por um acaso do destino está a ler esta mensagem, por favor, as minhas desculpas, mas compreenda... não estou habituada. A verdade é que aceito a flor e aceito o seu gesto e um dia mais tarde, talvez, também você, possa aceitar as minhas desculpas.
3 Ideia(s):
Parece impossível Iris Maria...
Depois queixa-te...
Então um desconhecido oferece-te flores e tu nem para esboçares um sorriso?
Bjs
Nuno
Coitado do homem... Ainda bem que não consigo ter esta espontaneidade, o meu coração não aguentaria :p
Só quis deitar mais uma acha para a fogueira...
Isso...
Eu já me sinto pouco mal, continuem lá a bater!
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